É um dos mais radicais líderes muçulmanos no momento, apesar de sua idade avançada. Nasceu no Egito, numa pequena aldeia no Delta do Nilo em 1926. O menino desde cedo se negou a trabalhar onde a família o aconselhava: como carpinteiro ou a na quitanda dos pais. Com 9 anos já tinha lido e decorado todo o Corão. Na sua juventude foi bastante influenciado por Hasan al-Banna fundador nos anos 20 do século passado da Irmandade Muçulmana, um dos maiores movimentos muçulmanos do século, uma organização atenta à revitalização dos princípios mais rígidos do Islã.
Yusuf al Qaradawi formou-se me teologia islâmica pela universidade Al-Azhar no Cairo, em 1953. Neste período de estudos universitários continuou com seus contatos com a Irmandade Muçulmana, participando de treinamento paramilitar onde aprendeu e ensinou aos universitários a usar armas e explosivos. Incentivou também o treinamento da doutrina islâmica como motivação para a expulsão dos ingleses e israelitas do oriente médio.
Apesar de se considerar e de ser considerado por muitos uma voz moderada, não conseguiu até hoje se desvencilhar da reputação anteriormente adquirida de extremista, quando participou ativamente da Irmandade Muçulmana — que é uma organização ilegal no Egito. Para uma pessoa do ocidente é difícil considerá-lo moderado. Hoje é um estudioso do Islã que trabalha na Universidade do Qatar. E principal responsável pelo Conselho Europeu para Pesquisas e Fátuas.
Sua popularidade aumentou muito no mundo ocidental depois que ele começou a aparecer semanalmente num programa interativo de perguntas e respostas chamado Al-Shariaa wa Al-Haya [Lei islâmica e a vida] em que ele responde a comentários do publico. Neste programa ele pretende demonstrar como a ideologia islâmica tem uma resposta para qualquer problema.
Apesar de ter se distanciado dos controversos bomba-suicidas, ele ainda se manifesta a favor dos bomba-suicidas (mesmo que o atentado seja contra civis) e apóia principalmente o suicida palestino contra o estado de Israel. Ele tem encontrado bastante resistência aos seus ensinamentos, principalmente entre mulheres ocidentais com dificuldade em aceitar suas posições em relação não só à circuncisão feminina. Vale lembrar que a circuncisão feminina é uma prática considerada universalmente como inaceitável pela Organização Mundial da Saúde e pelas Nações Unidas já que é uma forma de mutilação genital das mulheres. Ele também freqüentemente no seu programa na Al-Jezeera fala em defesa do espancamento de mulheres, chegando a dizer até que há mulheres que gostam de serem assim tratadas.
Ele tem muitos muçulmanos entre as pessoas que não concordam com ele. Dos dois lados, ou seja aqueles que o acham mais radical do que precisa e impressionantemente aqueles que acreditam que ele é moderado demais principalmente porque ele condenou publicamente os ataques de 11 de setembro de 2001, e não condenou música e canto nos filmes muçulmanos, como muitos esperavam que fizesse.
Fica a impressão de que Yusuf al-Qaradawi é uma pessoa difícil de se delinear e bastante complexa para que uma mulher ocidental como a autora deste blogue se sinta satisfeita de vê-lo não só incluído entre os 10 mais importantes intelectuais do mundo, mas ocupando o número 3 da popularidade mundial.
Veja postagens anteriores:
Muhammad Yunus — quem é segundo mais votado intelectual?
Fethullah Gülen – quem é o intelectual n° 1 do mundo?
Você conhece os 10 mais importantes intelectuais de 2008?
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Encontrei onde me abastecer de conhecimento …espero realmente saber ver com os olhos da mente, do coração e da vida.